Fisioterapia se une à cardiologia para reabilitação de pacientes

Quem acha que fisioterapia não tem nada a ver com o coração está enganado. A especialidade fisioterapia cardiovascular existe e trabalha em duas frentes. A primeira é hospitalar e consta de tratamentos voltados para pacientes internados após eventos cardiovasculares. Nessa fase realiza-se fisioterapia respiratória, com exercícios físicos de baixa intensidade e um programa de reabilitação educacional em relação aos fatores de risco. Ou seja, trabalha-se junto ao paciente a importância de praticar exercícios como parte do tratamento não medicamentoso. O objetivo é focado na alta hospitalar precoce com as melhores condições físicas e psicológicas.

A segunda é ambulatorial e tem como principal finalidade aprimorar a condição física do paciente, aumentar sua capacidade aeróbia, a fim de melhorar sua saúde e qualidade de vida num contexto global. Mesmo os pacientes com insuficiência cardíaca grave podem receber um treinamento para fortalecer os músculos respiratórios, desde que seja através de técnicas bem específicas e orientadas pelo Fisioterapeuta Cardiovascular.

De acordo com Andrea Kaarina M. Bueno Silva, fisioterapeuta especialista em Reabilitação Cardiovascular e Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca, o profissional dessa área precisa entender a doença, seus sinais e sintomas, para tratar o que foi causado no coração. Ela destaca: "o fisioterapeuta tem que entender de todos os mecanismos de ação do exercício e os fatores determinantes de intolerâncias a ele, os fatores de risco para os diabéticos, hipertensos, os de colesterol alto, obesos, fumantes, dentre outros, para tratar corretamente o paciente".

A primeira avaliação é sempre do cardiologista. É ele que instrui a sequência de exercícios ideais, o que pode ser feito e traça metas. Cabe ao fisioterapeuta montar um programa para o paciente, utilizando seu histórico clínico, sua força muscular, seu sistema respiratório e sua capacidade física através de teste ergométrico ou cardiopulmonar prévio para englobar as fases da reabilitação hospitalar ou ambulatorial.

Esta especialidade começou a ganhar força com o surgimento das equipes multidisciplinares dentro dos hospitais. A fisioterapia é peça fundamental no processo de reabilitação tanto de pacientes que já sofreram algum evento cardiovascular quanto àqueles considerados de risco moderado a alto risco.


Fonte: Terra
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