Tipos de Infarto no miocárdio







Transmural

Existem dois padrões importantes de infarto do miocardio, com patogêneses ligeiramente diversas. O infarto regional do miocárdio (90% dos casos), envolve um segmento da parede ventricular. A causa deste padrão de infarto é quase sempre a formação de trombos em uma placa ateromatosa complicada. Quando há oclusão persistente total do ramo arterial que supre a área afetada, o infarto é denominado de transmural (Stevens e Lowe, 2002).

Segundo Robbins e Cotran (2005), Nesse tipo de infarto, a necrose isquêmica envolve toda ou quase toda a espessura da parte da parede ventricular irrigada por uma única artéria coronária. Esse padrão de infarto geralmente está associado a aterosclerose coronária, alteração aguda da placa e  trombose superposta.

Infarto transmural, o qual se estende através do tecido subendocárdico até a camada epicardica do miocárdio (IRWIN e TECKLIN, 2003).

Segundo Rubin (2006), um infarto transmural envolve toda a espessura da parede ventricular esquerda e muito freqüentemente sobrevém à oclusão de uma artéria coronária. Em vista disso, os infartos transmurais tipicamente ocorrem na distribuição das três principais artérias coronárias. Artéria coronária direita, a oclusão da porção proximal desse vaso resulta em infarto da região basal posterior do ventrículo esquerdo e a metade do terço posterior do septo interventricular (infarto inferior). Obloquei da artéria coronária DAE, acarreta um infarto das paredes apical, anterior e antero septal do ventrículo esquerdo, na artéria coronária circunflexa esquerda, a obstrução desse vaso constitui a causa menos comum de infarto do miocárdio e leva a um infarto da parede lateral do ventrículo esquerdo.

Subendocárdico

Em contra-posição, o infarto subendocárdico (não transmural) constitui uma área de necrose isquêmica limitada ao terço interior ou, no Maximo, a metade da parede ventricular; sob certas circunstancias, pode se estender lateralmente para mais além do território de perfusão de uma única artéria coronária. Como previamente destacado, a zona subendocárdica é normalmente a região do miocárdio com menor irrigação e, por isso, é muito vulnerável a qualquer redução do fluxo coronário. Infarto subendocárdico pode ocorrer como resultado da ruptura de uma placa seguida da formação de um trombo coronariano que sofre lise antes que a necrose miocardica se estenda ao longo der toda a espessura da parede: nesse caso, o infarto ficará limitado á região irrigada por uma artéria coronária com alteração na placa. Contudo, os infartos subendocárdicos também podem resultar da redução suficientemente prolongada e intensa da pressão arterial sistêmica, como ocorre no choque, muitas vezes superposta a estenose coronariana crônicas, mas não criticas (ROBBINS e COTRAN, 2005).

Infarto subendocárdico, que envolve somente a camada mais interna do miocárdio e talvez, em alguns casos, porções da camada média do tecido, porem, não se estende para a região epicardica do miocárdio.(IRWIN e TECKLIN, 20003)

O infarto subendocárdico circunferêncial (10% dos casos) envolve a zona subendocardial do ventrículo e é decorrente de uma hipoperfusão generalizada das artérias coronarianas principais. Isto geralmente decorre de um episodio de hipotensão modesta com redução crítica do fluxo em artéria já comprometidas por estenose ateroscleroticas de alto grau. A zona subendocárdica sofre necrose, por perfusão insuficiente (Stevens e Lowe, 2002).

Segundo Rubin (2006), o infarto subendocárdico acomete o terço até a metade mais interna do ventrículo esquerdo. Ele pode ter origem no território de uma das principais artérias coronárias epicárdicas ou pode ser circunferente, envolvendo os territórios subendocárdicos de múltiplas artérias coronárias. O infarto subendocárdico geralmente ocorre em conseqüência hipoperfusão do coração. Ele pode decorrer de aterosclerose em uma artéria coronária especifica ou de distribuição que limitam o fluxo sanguíneo coronário globalmente, como na estenoseaótica, choque hemorrágico ou hipoperfusão durante o curso de derivação cardiopulmonar. A maior parte dos infartos subendocárdicos ocorre na ausência de trombos coronários oclusivos, embora pequenas partículas de trombo de fibrina e plaquetas possam ser vista na artéria coronária epicardica que alimenta a região do infarto. Ne caso de infarto subendocárdico circunferente causado por hipoperfusão global do miocárdio, a estenose arterial coronária não precisa estar presente. Como a necrose se limita as camadas mais internas do coração, as complicações que advêm de infartos transmurais exemplo, pericardite e ruptura ventricular, não são vistas nos infartos subendocárdicos.

Fonte

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