Exercicio físico esporádico pode ser gatilho para cardiopatias
Exercício físico esporádico, intenso e no calor pode ser um gatilho para que se manifestem doenças cardiovasculares silenciosas. Para falar sobre os atletas de fim de semana, estiveram no Bem Estar desta terça-feira (8) os cardiologistas Roberto Kalil, que também é consultor do programa, e Maria Janieire Alves.
Quando sobra um tempo livre, seja em um fim de semana, seja em um feriado de carnaval, o que não falta são pessoas correndo para compensar a falta de atividades em dias normais. O que acontece ao coração delas foi explicado pelos especialistas no estúdio.
Antes de iniciar um exercício, o ideal é que indivíduos acima de 35 anos passem pelo menos por uma avaliação e um eletrocardiograma, mesmo que não sintam nada. É importante investigar, por exemplo, o histórico familiar. Alguém cujo pai enfartou aos 50 anos, tem sobrepeso, diabetes ou hipertensão deve ficar atento.
E estar dentro do peso não garante tranquilidade: pessoas magras também podem ter problemas. Por isso, a recomendação é fazer o teste ergométrico, que dá resultado falso negativo em apenas 2% dos casos. E o exame clínico deve ser realizado para complementá-lo.
A frequência cardíaca máxima é resultado do número 220 subtraído pela idade do paciente. Na atividade física, o correto é que se atinja até 85% desse número. Mas, muitas vezes, quem exagera sem ter preparo para isso chega à frequência máxima mesmo com um exercício leve.
No Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o repórter Walace Lara foi conferir com que regularidade as pessoas estão cuidando da saúde. Para medir a frequência cardíaca dos atletas de fim de semana, participou a cardiologista Patrícia Oliveira, do Instituto do Coração (Incor). O aparelho mostrou quantos batimentos por minuto são registrados durante a atividade.
Em Manaus, um teste analisou pessoas que se exercitam pelo menos três vezes por semana com o aeroboi, uma mistura de aeróbica com o boi-bumbá, dança típica do Amazonas, que exige muita musculação para possibilitar movimentos sincronizados.
Doenças cardíacas
As doenças cardíacas são as principais responsáveis pelas mortes súbitas na prática esportiva. Para evitar o pior, o ideal é fazer um check-up regularmente. Aqueles que já começaram a praticar exercícios devem prestar atenção a qualquer dor ou desconforto que aparecer durante a atividade, principalmente na região do tórax, pois esses sintomas podem indicar problemas cardíacos.
Segundo o chefe da seção de Cardiologia do Esporte do Instituto Dante Pazzanese, Nabil Ghorayeb, estima-se que 90% dos casos de morte súbita no esporte entre pessoas com mais de 35 anos em todo o mundo sejam causados por aterosclerose (depósito de gordura que entope as artérias coronarianas). A doença, que geralmente não apresenta sintomas, pode levar ao infarto agudo do miocárdio.
Entre os jovens, a cardiomiopatia hipertrófica (crescimento do músculo cardíaco causado por uma anomalia genética), muitas vezes também assintomática, é responsável por 56% das mortes.
A incidência de óbitos na atividade física, no entanto, é muito pequena, o que comprova que os exercícios, se bem orientados e realizados de acordo com os limites de cada um, trazem mais resultados bons do que ruins.
Um estudo americano divulgado em 2000 verificou uma taxa de mortalidade extremamente baixa: uma morte por 2,6 milhões de horas de atividades em academias. A vítimas eram principalmente homens de meia-idade, com histórico de doenças cardíacas ou fatores de risco (como obesidade e fumo), e praticantes de exercícios esporádicos.
Fonte
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Você pode ter um material mais aprofundado sobre esse tema. A Quero Conteúdo disponibiliza dezenas de materiais sobre Fisioterapia para estudantes e profissionais. Entre em contato com a consultora clicando na imagem abaixo!
Quando sobra um tempo livre, seja em um fim de semana, seja em um feriado de carnaval, o que não falta são pessoas correndo para compensar a falta de atividades em dias normais. O que acontece ao coração delas foi explicado pelos especialistas no estúdio.
Antes de iniciar um exercício, o ideal é que indivíduos acima de 35 anos passem pelo menos por uma avaliação e um eletrocardiograma, mesmo que não sintam nada. É importante investigar, por exemplo, o histórico familiar. Alguém cujo pai enfartou aos 50 anos, tem sobrepeso, diabetes ou hipertensão deve ficar atento.
E estar dentro do peso não garante tranquilidade: pessoas magras também podem ter problemas. Por isso, a recomendação é fazer o teste ergométrico, que dá resultado falso negativo em apenas 2% dos casos. E o exame clínico deve ser realizado para complementá-lo.
A frequência cardíaca máxima é resultado do número 220 subtraído pela idade do paciente. Na atividade física, o correto é que se atinja até 85% desse número. Mas, muitas vezes, quem exagera sem ter preparo para isso chega à frequência máxima mesmo com um exercício leve.
No Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o repórter Walace Lara foi conferir com que regularidade as pessoas estão cuidando da saúde. Para medir a frequência cardíaca dos atletas de fim de semana, participou a cardiologista Patrícia Oliveira, do Instituto do Coração (Incor). O aparelho mostrou quantos batimentos por minuto são registrados durante a atividade.
Em Manaus, um teste analisou pessoas que se exercitam pelo menos três vezes por semana com o aeroboi, uma mistura de aeróbica com o boi-bumbá, dança típica do Amazonas, que exige muita musculação para possibilitar movimentos sincronizados.
Doenças cardíacas
As doenças cardíacas são as principais responsáveis pelas mortes súbitas na prática esportiva. Para evitar o pior, o ideal é fazer um check-up regularmente. Aqueles que já começaram a praticar exercícios devem prestar atenção a qualquer dor ou desconforto que aparecer durante a atividade, principalmente na região do tórax, pois esses sintomas podem indicar problemas cardíacos.
Segundo o chefe da seção de Cardiologia do Esporte do Instituto Dante Pazzanese, Nabil Ghorayeb, estima-se que 90% dos casos de morte súbita no esporte entre pessoas com mais de 35 anos em todo o mundo sejam causados por aterosclerose (depósito de gordura que entope as artérias coronarianas). A doença, que geralmente não apresenta sintomas, pode levar ao infarto agudo do miocárdio.
Entre os jovens, a cardiomiopatia hipertrófica (crescimento do músculo cardíaco causado por uma anomalia genética), muitas vezes também assintomática, é responsável por 56% das mortes.
A incidência de óbitos na atividade física, no entanto, é muito pequena, o que comprova que os exercícios, se bem orientados e realizados de acordo com os limites de cada um, trazem mais resultados bons do que ruins.
Um estudo americano divulgado em 2000 verificou uma taxa de mortalidade extremamente baixa: uma morte por 2,6 milhões de horas de atividades em academias. A vítimas eram principalmente homens de meia-idade, com histórico de doenças cardíacas ou fatores de risco (como obesidade e fumo), e praticantes de exercícios esporádicos.
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