Atuação do Fisioterapeuta na Cardiologia







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A Organização Mundial da Saúde (OMS) define Reabilitação Cardíaca como atividades necessárias para assegurar da melhor maneira possível as condições físicas, mentais e sociais do cardiopata, possibilitando seu retorno à comunidade e proporcionando vida ativa e produtiva. Para atingir isso, é necessário o trabalho de uma equipe multidisciplinar, na qual o Fisioterapeuta desempenha papel importante.

Cristiane Pulz, diretora do Departamento de Fisioterapia da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), explica que a abordagem fisioterápica em Cardiologia está relacionada à prevenção e ao tratamento das doenças cardíacas através do exercício físico.

A reabilitação cardíaca envolve várias fases. Na hospitalar, o Fisioterapeuta evita complicações dos efeitos deletérios do repouso no leito e orienta quanto à prevenção dos fatores de risco. Nos pacientes cirúrgicos, cuida-se principalmente do sistema respiratório. O Fisioterapeuta também oferece suporte e cuidados com a ventilação mecânica. Nessa fase, o conhecimento da interação do coração com o pulmão e da manutenção da oferta de oxigênio adequada obriga o profissional a intensificar a atenção durante a ventilação, no desmane e na extubação.

Na fase ambulatorial, o objetivo é melhorar o status funcional. Os dados obtidos com o teste ergométrico, ou cardiopulmonar, fornecem informações que permitem avaliar as limitações funcionais dos sistemas envolvidos e prescrever exercícios com segurança e eficiência. “É importante que o profissional conheça a fisiologia do exercício, suas repercussões e principalmente as alterações fisiológicas e sintomatológicas das diversas doenças cardiovasculares”, alerta o vice-diretor do Departamento de Fisioterapia da SOCESP, Wladimir Musetti Medeiros

No acompanhamento do paciente, visa-se ainda algum ganho de capacidade funcional, mas principalmente a manutenção do programa. O Fisioterapeuta passa a acompanhar o paciente à distância, devendo enfatizar e estimular a manutenção dos exercícios.

Pacientes com Insuficiência Cardíaca e transplantados merecem destaque. Na fase descompensada, ou na reabilitação pós-transplante, a intervenção por meio de exercícios respiratórios e motores é de suma importância.

A atuação do Fisioterapeuta na Cardiologia vem crescendo e é, neste contexto, que se integra o Departamento de Fisioterapia da SOCESP, fundado em 1993, com o objetivo de promover encontros, congressos, seminários, reuniões e outras atividades que incentivem a união e o desenvolvimento profissional dos fisioterapeutas; estimular o relacionamento com associações congêneres nacionais e internacionais para aprimorar a divulgação da Fisioterapia Cardiovascular; divulgar trabalhos e estudos de interesse na área; zelar pelos direitos e interesses dos associados; colaborar com escolas de Fisioterapia no desenvolvimento do espírito associativo dos estudantes, estimulando sua participação em atividades sócio-culturais; e apoiar a organização e o funcionamento de entidades similares e empenhadas em defender os direitos e interesses da categoria.


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