Saiba mais sobre a isquemia silenciosa
É uma síndrome coronariana em que não há manifestação clínica anginosa, durante o episódio isquêmico. Divide-se em três tipos:
Tipo I: Tipo menos comum que ocorre nos pacientes com lesões obstrutivas e que nunca apresentaram nenhum episódio anginoso.
Tipo II: Tipo que é diagnosticado após o infarto agudo.
Tipo III: Tipo mais comum, em que há alternância entre episódios isquêmicos sintomáticos, seja do tipo angina estável, instável ou Prinzmetal, e episódios silenciosos.
Durante o teste ergométrico poderão ocorrer alterações isquêmicas sem o aparecimento de sintomas anginosos. É estimado que metade dos pacientes com angina sofra episódios isquêmicos silenciosos, sendo que nos diabéticos essa prevalência deva ser maior. Os mecanismos que estariam envolvidos na ausência de sintomas durante a isquemia não estão bem claros ainda, algumas propostas seriam:
- Neuropatia autonômica nos diabéticos.
- Maior resistência à dor de uma forma geral.
- Aumento da produção de endorfinas nos hipertensos (por possuírem uma maior incidência de isquemia silenciosa que os normotensos).
- Episódios silenciosos seriam menos graves que os anginosos (os receptores de dor não seriam estimulados por agressões menores).
- Pesquisas recentes sugerem a hipótese de não ser a nível periférico a alteração da sensação dolorosa, mas a nível cerebral (córtex frontal).
Quanto ao tratamento alguns autores utilizam as mesmas drogas usadas na doença coronariana em sua forma sintomática, para prevenir os episódios de isquemia silenciosa. A terapia mais eficaz para tratar a isquemia silenciosa não é ainda claramente definida; as experimentações em curso fornecerão a orientação para a gerência futura.
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