Fisioterapia na recuperação da Ponte de Safena
O aumento do tempo e da qualidade de vida, o alívio das dores (angina), a proteção do coração contra isquemias e a melhora das suas funções, além da prevenção do infarto agudo do miocárdio são alguns dos principais benefícios proporcionados pela revascularização do miocárdio (RM) a pacientes vítimas de doença arterial coronariana (DAC).
O procedimento cirúrgico — conhecido como "ponte de safena" — consiste na interposição de um segmento de veia safena entre a aorta ascendente e artéria coronária, técnica batizada de bypass. As pontes são construídas com enxertos feitos com artérias e veias do próprio paciente, localizadas no tórax (artéria mamária), nos membros inferiores (veias safenas) ou nos antebraços (artérias radiais). Raramente é utilizada a artéria do abdômen (artéria gastroepiploica).
O pós – operatório é o momento de grande importância pois este que começou ainda no centro cirúrgico representa as repercussões da cirurgia cardíaca sobre a fisiologia dos subsistemas devem ser entendidas como variações previstas de suas funções, caso permaneçam dentro dos limites preestabelecidos. O papel do fisioterapeuta neste momento é avaliar o paciente fisicamente , adaptá-lo corretamente a ventilação mecânica e conforme a estabilidade clínica e hemodinâmica do paciente, evoluir o seu desmame.
Contudo, para que isto ocorra todo um entendimento fisiológico da convalescência do paciente no pós- operatório imediato cardíaco vai conduzir ao correto manuseio das condutas fisioterápicas no desmame e após este, onde técnicas específicas como ventilação não invasiva são realizadas. Qualquer conduta proposta tem como objetivo manter ou devolver condições fisiológicos e para tanto, é fundamental saber o que é fisiológico.
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A dor no pós-operatório é prejudicial à convalescença normal por causar vasoconstrição, hipertonia muscular, taquicardia e taquipnéia por estímulo bulbar, podendo gerar graves arritmias, atelectasias e retenção de secreções na árvore brônquica. A analgesia controlada pelo paciente com infusões programadas para doses fixas, com intervalos mínimos, embora pouco utilizada ainda na maioria das terapias intensivas, tem-se mostrado bastante efetiva no combate da dor com pouca quantidade de analgésicos.
O Brasil é um dos países que mais realiza cirurgias cardíacas, como revascularização miocárdica (ponte de safena), implantes de marca-passo e reparação ou substituição das válvulas do coração. Portanto, para o fisioterapeuta, é uma boa fonte de atendimento.
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