Exercícios na prevenção da Fisioterapia Cardiológica
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A prática regular de exercícios físicos pode, portanto, produzir mecanismos adaptativos, que resultam no estabelecimento de uma nova situação de equilíbrio dos processos homeostáticos, amenizando ou eliminando os efeitos desencadeados pelas doenças cardiovasculares.Os efeitos fisiológicos do exercício físico podem ser classificados em agudos imediatos, agudos tardios e crônicos. Os efeitos agudos, também denominados respostas, são aqueles que acontecem em associação direta com a sessão de exercício e podem ser subdivididos em imediatos ou tardios. Os efeitos agudos imediatos são aqueles que ocorrem nos períodos pré-imediatos, per e pós-imediato rápido (até alguns minutos) ao exercício físico e podem ser exemplificados pelo aumento de frequência cardíaca e da pressão arterial sistólica e pela sudorese normalmente associados ao esforço.
Exercício físico regular também tem se mostrado uma estratégia eficaz para reduzir complicações clínicas decorrentes da hipertensão arterial, tais como o acidente vascular encefálico. Esses achados não são universais e parecem apresentar uma alta variabilidade interindividual. Essas alterações já podem ser observadas com algumas poucas sessões e são mais evidentes nas primeiras 16 horas seguintes ao exercício, muito embora apenas recentemente se comece a esclarecer os mecanismos fisiológicos associados a esse efeito agudo tardio, que é denominado hipotensão relativa pós-exercício.
Alguns exercícios requerem regular a intensidade, como: velocidade, inclinação da esteira e força. Se o paciente sai de um pós-operatório cardíaco, por exemplo, o fisioterapeuta visa minimizar os efeitos agudos e trabalha com exercícios mais leves. O ideal é que o profissional calcule o MET – Estimativa do equivalente metabólico, em todo tratamento da fisioterapia cardíaca o MET deve ser considerado.
Como calcular MET na fisioterapia cardiovascular?
Para encontrar o MET precisa medir o consumo de oxigênio em repouso, porém já chegaram ao valor referencial para média populacional de 3,5 ml/Kg/min. Entretanto, o valor do MET varia de acordo com cada exercício e intensidade, por exemplo: uma caminhada à 6 Km/h difere de uma corrida à 10Km/h. Portanto, o MET varia de acordo com exercício.
A fórmula do MET é:
- 3,5 mL/min/kg (1 MET) x 0,005 kcal/mL = 0,0175 kcal/min/kg
Exemplo do cálculo para exercício cardiovascular
Imagine que temos 2 pacientes, o primeiro é um homem de 70Kg e o segundo uma mulher de 57kg, o gasto estimado dos dois seria de: 1,2 kcal/min para o homem e 1,0 kcal para a mulher. Do modo que estabelecemos o gasto calórico para os 2, por isso, podemos estimar qual o gasto realizado durante os exercícios na fisioterapia para que não comprometeram o consumo do oxigênio desse paciente. Entende? Mas é claro que você saber da capacidade respiratória antes, use exames de espirometria como referência.
Um dos exemplos mais comuns é o exercício de caminhada na superfície plana a 6,4 km/hora, nesse exercício usamos 5 METs, ou seja elevamos 5 vezes o consumo de oxigênio daquele paciente. Dessa forma, o exercício de 5 Mets no paciente de 70kg e 57kg terá o gasto energético de:
- 367,5 kcal e 299,2 kcal respectivamente.
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