Fissioterapia no Acidente Vascular Cerebral









O Acidente Vascular Cerebral, ou AVC é ainda a principal causa de mortalidade no Brasil e sempre esteve bastante relacionado a pessoas de maior idade. De fato, o envelhecimento é o fator de risco não modificável mais importante para o AVC.

O AVC em pessoas jovens, aquelas com menos de 45 anos, usualmente não é decorrente das mesmas causas que o AVC tradicional em idosos.

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Diferentes áreas do cérebro são responsáveis por diferentes funções, incluindo a sensibilidade, o movimento, a visão, a fala, o equilíbrio e a coordenação.

As manifestações clínicas de acidente vascular cerebral variam, dependendo da área do cérebro que se encontra lesada, podendo incluir:

  • Dores de cabeça com ou sem vômitos;
  • Tonturas, confusão mental;
  • Fraqueza ou paralisia de um dos lados do corpo;
  • Entorpecimento súbito e acentuado de qualquer parte do corpo;
  • Assimetria facial;
  • Perturbações visuais, incluindo uma perda súbita de visão;
  • Dificuldades da marcha, incluindo uma marcha cambaleante ou instável;
  • Problemas de coordenação nos braços e nas mãos;
  • Discurso arrastado ou incapacidade para falar;
  • Desvio súbito dos olhos numa direção;
  • Convulsões (crises epilépticas);
  • Respiração irregular;
  • Estupor, coma.

O aparecimento súbito de uma ou mais destas manifestações constitui um sinal de alerta de que pode estar a ocorrer um acidente vascular cerebral.

A fisioterapia após AVC melhora a qualidade de vida e a recuperar os movimentos perdidos. O  principal objetivo é devolver a capacidade motora e fazer com que o paciente seja capaz de realizar suas atividades da vida diária sozinho, sem necessitar de um cuidador.

Outros objetivos de um tratamento globalizado:

  • Prevenir deformidades, orientar a família e o paciente seja ele adulto ou criança;
  • Normalizar o tônus postural;
  • Melhorar habilidades cognitivas e de memória;
  • Reintegrar o paciente a sociedade;
  • Diminuir padrões patológicos;
  • Prevenir instalação de doenças pulmonares ou qualquer outra intercorrência;
  • Manter ou aumentar a amplitude de movimento;
  • Reduzir a espasticidade;
  • Estimular as atividades de vida diária, a alimentação, o retreinamento da bexiga e intestinos, a exploração vocacional e de lazer;
  • Otimizar a qualidade de vida do paciente.

As sessões de fisioterapia devem começar o quanto antes, ainda no hospital e deve ser realizada preferencialmente todos os dias, pois quanto mais rápido o paciente for estimulado, mais rápida será a sua recuperação.

A fisioterapia pode conseguir muitos benefícios, como:

  • Melhorar a aparência do rosto, deixando mais simétrico;
  • Aumentar a movimentação dos braços e pernas;
  • Facilitar o andar, e 
  • Tornar o indivíduo mais independente nas suas atividades diárias, como pentear o cabelo, cozinhar e se vestir, por exemplo. 

A fisioterapia deve ser realizada diariamente, ou no mínimo, 3 vezes por semana.

Apesar do trabalho intenso da fisioterapia, alguns pacientes podem não apresentar grandes melhoras, pois os exercícios devem ser bem feitos e isso depende também da vontade do paciente. Como uma das sequelas do AVC é a depressão, estes pacientes podem ter uma maior dificuldade em ir às sessões e sentirem-se desanimados, não realizando os exercícios corretamente, o que dificulta a sua recuperação.

Por isso, é necessário que um paciente que tenha sofrido um AVC seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar composta por médico, enfermeiro, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e psicólogo.



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