Tipos de Ventilação Mecânica









Ventilação Mecânica (VM) é um método de suporte de vida indicado quando o paciente é incapaz de manter uma via respiratória permeável e/ou trocas gasosas adequadas.

Nós temos 2 tipos de Ventilação Mecânica

Invasiva – por meio de tubo endotraqueal (naso ou orotraqueal) ou cânula de traqueostomia.

Não invasiva – por meio de máscara

Nas duas situações, a ventilação artificial é conseguida com a aplicação de pressão positiva nas vias aéreas, o que muda é a interface entre o paciente e o aparelho.

Ventilação mecânica invasiva

Indicações:
  • Reanimação cardiorrespiratória
  • Hipoventilação e apnéia, como nos casos de lesões no centro respiratório, intoxicação ou abuso de drogas
  • Insuficiência respiratória devido a doença pulmonar
  • Falência mecânica do aparelho respiratório: doenças neuromusculares, paralisia (fraqueza muscular); estímulo respiratório instável (trauma craniano, acidente vascular cerebral, intoxicação exógena e abuso de drogas)
  • Prevenção de complicações respiratórias: pós-operatório de cirurgias de grande porte – abdominais, torácicas, obesidade mórbida
  • Diminuição do trabalho muscular respiratório evitando fadiga muscular

Acesso às vias aéreas para ventilação mecânica invasiva

Intubação orotraqueal (ITO) – indicada em pacientes com hipoxemia e/ou hipercapnia persistentes, mesmo após a realização de medidas terapêuticas. É precedida de sedação.

Intubação nasotraqueal (INT), – indicada em pacientes sem abertura adequada da boca; quando o acesso à traqueia não é possível por via oral, ex. tumores de cavidade oral, língua, etc.

Cricotireotomia (procedimento emergencial, que consiste no acesso das vias aéreas através da membrana cricotireoidea) indicada para situações de urgência em que não são possíveis as intubações naso e orotraqueal, por exemplo, fraturas extensas de face.

Traqueostomia – indicada para substituir a intubação quando ultrapassa 10 dias e não há previsão de suspensão da VM, ou para pacientes sem nível de consciência adequada ou que necessitem de aspiração de secreções.

Ventilação mecânica não invasiva

As modalidades ventilatórias usadas podem ser mandatória ou espontânea. A primeira consiste em uma ventilação que é iniciada e/ou finalizada exclusivamente pelo ventilador, sem qualquer interferência do paciente e esta se subdivide em ventilação mandatória assistida (disparo por pressão ou fluxo), ventilação mandatória controlada (disparo por tempo), ou ventilação assistida/controlada (o ciclo é deflagrado de forma mista, predominando o primeiro sinal que surgir) (8,9).

Ventilação espontânea é amais utililizada e consiste no paciente iniciar e finalizar a ventilação. A ventilação espontânea pode ter um suporte pressórico a cada inspiração (por exemplo, modo pressão de suporte) ou não (por exemplo, pressão positiva contínua nas vias aéreas).

A pressão expiratória final (Peep) pode está presente tanto no modo ventilatório mandatório como no espontâneo devido aos seus efeitos na melhora da troca gasosa ( melhor oxigenação ), redistribuição de líquidos intersticial e combate ao shunt.

Os aparelhos usados para ventilar os pacientes podem ser os mesmos usados para a forma de ventilação invasiva ou , preferencialmente, os apropriados para ventilação não invasiva.

Aparelhos de ventilação não – invasiva

– Aparelhos específicos para VNI com modo CPAP ( pressão positiva contínua nas vias aéreas) e/ou Bilevel ( uso de dois níveis de pressão, um nível inspiratório -Ipap- e o outro expiratório -Epap-);
– Geradores de fluxo ou CPAP de rede com adaptação de válvula de Peep;
– Aparelhos de ventilação invasiva adaptado à máscaras faciais sem vazamentos. O modo colocado deve ser o espontâneo com uso de Peep.

Se você quer (ou precisar) saber mais sobre Ventilação Mecânica, não pode perder a Maratona Online de Atualização em Ventilação Mecânica. Outro conteúdo ótimo é o  o curso Ventilação Mecânica em Pacientes Asmáticos.

  • EBOOK GRATUITO: Como prescrever exercício na insuficiência cardíaca



  • Poste um Comentário

    Tecnologia do Blogger.