Principios e efeitos fisiologicos do condicionamento físico








Treinamento físico é o desempenho de exercício repetitivo para aumentar a capacidade de trabalho físico e para induzir condicionamento físico. Ele deve ser de considerável custo energético em relação ao nível de aptidão do indivíduo e efetuado regularmente durante um período prolongado de tempo (DELISA, 2002).

A fim de alcançar benefícios, deve-se obedecer aos quatro princípios do condicionamento fisiológico (DELISA, 2002).

Princípio da sobrecarga

Um exercício, para ser eficaz em aumentar o condicionamento, precisa ser a um nível de trabalho maior do que aquele no qual o indivíduo usualmente desempenha.

Princípio da especificidade

Cada tipo de exercício produz uma adaptação metabólica e fisiológica específica que resulta em um efeito específico de treinamento. Todos estes tipos de treinamento são importantes em reabilitação para melhorar o desempenho nas atividades de vida diárias e relacionado ao trabalho.

Variação individual

O treinamento deve ser individualizado de acordo com as capacidades e necessidades da pessoa.

Reversibilidade

Os efeitos benéficos do treinamento não são permanentes. As melhoras atingidas começam a desaparecer apenas duas semanas depois da cessação do exercício, e a metade dos ganhos pode ser perdida em apenas 5 semanas.

Segundo Longo et al (1995), os efeitos fisiológicos do exercício físico podem ser classificados em agudos imediatos, agudos tardios e crônicos. Os efeitos agudos, também denominados respostas, são aqueles que acontecem em associação direta com a sessão de exercício e, os efeitos agudos imediatos, os que ocorrem nos períodos pré e pós-imediato do exercício físico e podem ser exemplificados pelos aumentos de freqüência cardíaca (FC), ventilação pulmonar e sudorese, habitualmente associados ao esforço. Por outro lado, os efeitos agudos tardios são observados ao longo das primeiras 24 horas que se seguem a uma sessão de exercício e podem ser identificados na discreta redução dos níveis tensionais, especialmente nos hipertensos, e no aumento do número de receptores de insulina nas membranas das células musculares. Por último, os efeitos crônicos, também denominados adaptações, são aqueles que resultam da exposição freqüente e regular às sessões de exercício, representando os aspectos morfofuncionais que diferenciam um indivíduo fisicamente treinado de um outro sedentário. Dentre os achados mais comuns dos efeitos crônicos do exercício físico estão a hipertrofia muscular, melhora da aptidão cárdio-pulmonar e o aumento do consumo máximo de oxigênio.

A atividade física aumenta a capacidade funcional e reduz a demanda de oxigênio pelo miocárdio, diminui a pressão sistólica e diastólica, altera favoravelmente o metabolismo de lipídios e carboidratos. Aumenta a performance física, o limiar da angina em pacientes com doença arterial coronariana sintomáticos e melhora a perfusão miocárdica. Na reabilitação cardíaca de pacientes com doença arterial coronariana, a melhora da perfusão miocárdica tem sido atribuída pela mediação do treinamento com exercício físico na correção da disfunção endotelial coronária (NERY e BARBISAN e MAHMUD, 2007).

O aumento da perfusão na microcirculação coronariana deve-se ao recrutamento de vasos colaterais durante o exercício (NERY e BARBISAN e MAHMUD, 2007).
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